Casos de Corrupção
O caso BPN foi um escândalo financeiro e político que envolveu o desvio de milhões de euros do Banco Português de Negócios (BPN) para financiar negócios ilícitos e favorecer políticos e empresários ligados ao governo de Cavaco Silva. O principal responsável pelo caso foi José Oliveira e Costa, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e ex-presidente do BPN, que foi condenado a 14 anos de prisão por vários crimes, como abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos e fraude fiscal. Outros 11 arguidos também foram condenados, entre eles Dias Loureiro, ex-ministro da Administração Interna e ex-conselheiro de Estado, e Arlindo de Carvalho, ex-ministro da Saúde. O caso BPN custou ao Estado português cerca de 7 mil milhões de euros, que foram usados para nacionalizar e reestruturar o banco.
O caso Face Oculta revelou uma rede de influências e tráfico de favores entre políticos, empresários e magistrados, que teria beneficiado a empresa de sucata O2, pertencente ao empresário Manuel Godinho. O caso envolveu escutas telefónicas que implicaram vários membros do governo de José Sócrates, como Armando Vara, ex-ministro e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos, e Rui Pedro Soares, ex-administrador da PT. Outro arguido de destaque foi José Penedos, ex-presidente da REN e ex-secretário de Estado da Defesa e da Energia, que foi condenado a cinco anos de prisão efetiva por tráfico de influências. No total, foram condenados 12 dos 15 arguidos, que terão lesado o Estado e várias empresas públicas e privadas em mais de 40 milhões de euros.
O caso Operação Marquês é um processo judicial em fase de instrução que investiga o ex-primeiro-ministro José Sócrates por suspeitas de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal, relacionadas com o grupo empresarial Espírito Santo e outros negócios em Angola e na Venezuela. O Ministério Público acusa Sócrates de ter recebido mais de 23 milhões de euros de origem ilícita, através do seu amigo Carlos Santos Silva, que teria servido de testa de ferro. Entre as contrapartidas que Sócrates teria dado aos seus alegados corruptores, estão a tentativa de controlo da PT, a concessão de benefícios fiscais ao grupo Lena e a interferência em projetos imobiliários em Lisboa e no Algarve. Além de Sócrates, foram pronunciados pelo juiz Ivo Rosa mais quatro arguidos: Carlos Santos Silva, Ricardo Salgado, Armando Vara e João Perna. O caso Operação Marquês tem sido alvo de muitas críticas e polémicas, tanto pela demora na sua conclusão, como pelas decisões controversas do juiz Ivo Rosa, que deixou cair a maioria dos crimes e dos arguidos que constavam na acusação.
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Fontes:
Jornal: Diário de Notícias
Jornal:Sic Notícias
Jornal: Nascer do Sol (sapo)